Arte | Meu eu no movimento

Mente cria e corpo executa

Por Dani Pessôa

                                       Imagem.: Show&Art

020615d

A busca por movimentos é um complexo processo que depende da óptica e criatividade. Analisar movimentos rotineiros e suas formas inspirada por gestos e objetos, é uma didática funcional a quem deseja criar seu repertório. Um simples e eficaz exemplo, é tirar um movimento a partir do ato de segurar um copo, lapidando o mesmo até que se transforme em um passo dançante. Sim, isto é possível! Basta estudar o gestual e com uso da criatividade, definir o movimento executando algo do imaginário à representação cênica; através desse formato de improviso é possível elaborar uma rica sequência autoral à sua dança ou coreografia.

Alguns movimentos identificam-se com nosso corpo, imprimindo ao público uma linguagem expressiva que insistentemente queremos apresentar de formas variadas; quanto a isso os populares nomeiam este ato como estilo, mesmo quando o criador não o considera de tal modo.

Mesmo alterando nossa comunicação corporal, alguns movimentos de repertório corpóreo são pessoais por serem orgânicas e estarem no automático de nossa memória corporal, evidenciada na representação cênica.

Produzir arte vai além da criação de gestos e passos, e com a vivência de um corpo dançante; vencemos limites, superamos desafios até quando existe o bloqueio de uma gama de movimentos. Dentre as possibilidades corpóreas é possível realizar um belo show, basta afinar sua planilha de movimentos e executá-los de forma brilhante.